Fim de uma Era


Com o melancólico empate em 0 x 0 contra o Bragantino, o Palmeiras encerrou a Era Arnaldo Tirone.

Amanhã ocorrem as eleições para a escolha do novo presidente. Por mais que se esforcem, Paulo Nobre e Décio Perin, os candidatos, não conseguirão cometer tantas bananadas quanto o nosso Pituca.

O jogo contra o Braga escancarou o que se viu ano passado e que resultou na queda para a Série B do Brasileiro. Um time burocrático (ou burrocrático), que não pensa, não tem armador (Valdívia continua com dores?), Barcos isolado, Luan sem cérebro e Márcio Araújo, por incrível que pareça, novamente titular da camisa 8.

Em campo, a única novidade boa foi o retorno do volante Souza. O ruivinho retornou de uma boa temporada no Náutico e se destacou num jogo em que os atletas maltrataram a bola e os mais de 10 mil teimosos palmeirenses que insistem em acompanhar um time e um clube que parece não acompanhar a evolução do futebol.

Jogando fechadinho, o Bragantino esperava uma bola espirrada, um contra-ataque qualquer, para matar o jogo, como tantas vezes já ocorreu com o Palmeiras nos últimos anos. Pelo menos isso não aconteceu. Fernando Prass, estreando no Verdão, não fez nenhuma defesa digna de nota.

No segundo tempo, a torcida, que já se irritava com a falta de cérebro de Luan, com a falta de vontade de Wesley e com a simples presença de Márcio Araújo em campo, vibrou com a marcação de um pênalti em Souza. Barcos pegou a bola e um garoto na minha frente soltou a pérola: “Só faltam 27!”, em alusão à nova promessa do Pirata, de marcar 28 gols nesta temporada. Faltam 28 mesmo! O argentino bateu bem, tirou do goleiro, que foi para o canto direito, mas a bola bateu na trave esquerda e, na sequência, foi isolada pela defesa. Pouco tempo depois, nova bola na trave do time do interior e novo grito de gol entalado na garganta da torcida palmeirense.

Ainda deu tempo de vaiar o Luan quando este foi substituído. Depois fiquei sabendo que ele disse que está cansado das vaias! A torcida parece que já cansou dele também. Mas sai ano, entra ano, lá está o eterno Luan na ponta esquerda palmeirense.

O presidente que for eleito amanhã não vai fazer o Palmeiras virar o Barcelona de uma semana para outra, nem vai fazer o chileno chinelo voltar a jogar bola como que por encanto. Mas não tem como conduzir o clube como a atual “diretoria” vem fazendo, tratando um dos maiores clubes do Brasil da mesma forma como gerem seus respectivos restaurantes. Arnaldo Tirone e Roberto Frizzo, presidente e vice, nunca mais deveriam ocupar nenhum cargo no clube. O tal do diretor jurídico, coitado, prefere viajar ou bater boca no Twitter. E ainda detona a própria diretoria que faz parte.

Só o fato deste trio patético deixar a direção do clube amanhã já é motivo de alegria para quem gosta do Palmeiras. Outra notícia boa, coisa rara nos últimos meses, foi a confirmação, por parte dos sócios, da mudança do estatuto do clube. A partir de 2014, serão os associados que escolherão o próximo presidente. Coisa impensada até pouco tempo mas que virou realidade pelo empenho dos grupos de oposição aos caciques que comandam o clube há décadas.

Por mais fundo que seja o buraco em que o Palmeiras se encontra (e acreditem, ele é), o resgate pode ser feito.

Se dependesse dos mesmos que estão por lá nos últimos 35 anos, as buscas já estariam encerradas.

Mas esse resgate só vai acontecer porque a torcida, aquela que ama verdadeiramente o clube, não desistiu dele! E não desistirá!

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