Neste último fim de semana teve início o Campeonato Paulista 2011. Paulistão, Paulista, Paulistinha, não importa a denominação na mídia. Para mim, o Campeonato Paulista foi o primeiro torneio que acompanhei e aprendi a gostar, na distante (em termos de tempo) e tão perto (em termos de Palmeiras) década de 80.
Todo a mística dos estaduais se esvaiu nesse século 21, principalmente pela consolidação do Campeonato Brasileiro por pontos corridos e pela ânsia dos clubes para disputarem a Taça Libertadores, novo velho sonho de consumo. Quem não consegue classificação para o torneio sulamericano parece fadado ao limbo, tendo que se desdobrar pelos interiores do país, seja disputando o estadual, seja disputando o prêmio de consolação da CBF, a Copa do Brasil. É o caso do Palmeiras.
O fracasso retumbante de 2010 ainda ecoa na Rua Turiassu e parece que não data para acabar. Ano passado o clube conseguiu terminar em 11º no Paulista, ser eliminado nas quartas-de-final da Copa do Brasil pelo gigante Atlético-GO, eliminado na Sulamericana pelo já rebaixado Goiás, em casa, de virada, e terminou o Brasileiro em 10º. Muito pouco para quem trouxe Felipão, Valdívia e Kléber.
O ano de 2011 começou para o Palmeiras no sábado, na abertura do Campeonato Paulista, em jogo contra o Botafogo de Ribeirão Preto.
Os pouco mais de 7 mil testemunhas viram que mudou o ano, mas o time foi o mesmo. Marcos e Valdívia continuam de fora, se recuperando de alguma coisa muito grave! O resto do time pode ser considerado mesmo um resto. Kléber isolado na frente, brigando contra 3 ou 4 marcadores, não tendo para quem passar a bola. E quando acontece alguma rara jogada mais elaborada, seja com Lincon, seja com Tinga, o Gladiador não acerta a meta.
Felipão deve estar de brincadeira, pois colocou o menino Patrick no segundo tempo, como se ele fosse resolver alguma coisa. Como se alguém que não consegue ser titular no Palmeiras vai entrar e resolver alguma coisa. Tirar o Rivaldo aos 43 do segundo tempo deve ter sido apenas para queimar o jogador, embora não precisasse. O coitado não acertou nada e tomou a primeira vaia da galera em 2011.
Não adianta a torcida pedir contratações de peso. O clube está sem dinheiro e metido na disputa política. Nesta quarta, dia 19, acontecem a eleição para presidente. Quem poderia imaginar, há 2 anos, quando Beluzzo foi eleito, que ao final do mandato os torcedores levantariam as mãos para o céu, agradecendo a saída do Professor?
De bom mesmo, apenas as obras no clube. Uma parte do estádio já foi ao chão e a construção da nova Arena é definitiva. O clube parece, literalmente, uma zona de guerra, devido aos escombros. Nesse ponto os associados e torcedores devem ter um pouco de paciência.
A nova Arena, quando pronta, vai trazer de volta um pouco do orgulho perdido nesses anos. Mesmo que os dirigentes e conselheiros tentem de todas as maneiras destruir um clube quase centenário, campeão do século XX, o Palmeiras sempre renasce. Pode demorar um pouco, mas a força da torcida não deixará o clube morrer!