Mais um canudo


Mesmo com toda a correria de fim de ano, não poderia deixar de escrever sobre a formatura do curso de jornalismo, que aconteceu no último dia 8.

É verdade que ainda não entreguei a monografia, que vai ficar para o próximo semestre. Tive que pedir prorrogação, já que não conseguiria concluir até o final deste ano. Coisas do trabalho, ou do curso que resolvi fazer!

Quando resolvi fazer um novo curso, em 2007, a formatura estava num futuro muito distante. Não imaginava terminar o curso no tempo certo, 4 anos, nem que me envolveria tanto com a nova área.

Por incrível que pareça, o que mais me marcou foi o começo, com as aulas de Filosofia, Antropologia, Sociologia, assuntos abstratos e odiados por mim desde os tempos do colégio. Confesso que sentia um certo desconforto em ver essas matérias nessa fase da vida. Mas foram justamente essas disciplinas que me fizeram continuar no curso.  Se tivesse 18 anos, não teria muito saco para estudar essas coisas! Outra coisa que me motivou, logo no início,  foi ter aula de Cultura Brasileira e Jornalismo Esportivo. Aprender sobre samba e futebol, duas coisas que eu gosto, não tem preço!

Fora as amizades, que foram forjadas nesses 4 anos e podem ser levadas por toda a vida. Como sempre disse, não sei se vou ficar muito tempo no Rio de Janeiro. Pode ser que sim, pode ser que não. Mas, sem dúvida, o contato com a turma contribuiu bastante para a rápida passagem destes 4 anos, seja o pessoal da Turma de Harvard, sejam os agregados. Além disso, o contato com essa turma e com esse curso ajudou minha interação com a cidade. Passei a ver o Rio e os cariocas com outros olhos. Há um anos fiz um curso de extensão, aos sábados, que mudou um pouco a minha rotina de ir todo fim de semana para São Paulo. Durante quase 6 meses, fiquei mais tempo no Rio do que em Sampa., o que acabou sendo outro aprendizado.

Essa é a Turma de Harvard original, que incorporou a Patrícia durante o curso

Como escrevi uma vez, o Jornalismo foi o primeiro curso que tive vontade de fazer. A Geologia aconteceu meio que por acaso, nunca foi meu sonho de adolescente, mas fiz com gosto e com vontade. Foi um curso maravilhoso, que não se compara a nenhum outro. Estudar em período integral, por 5 anos, saindo para trabalhos de campo pelo Brasil, muitas vezes convivendo com a turma por semanas seguidas, dia e noite, foi demais!

O Jornalismo surgiu na minha cabeça ainda no mestrado. Seria um curso que eu faria por curiosidade, pela vontade de me dedicar ao futebol, ao Palmeiras, enfim, unir paixão e trabalho. A minha vinda ao Rio de Janeiro ajudou a maturar essa idéia e o estímulo final surgiu quando uma amiga se matriculou em uma nova graduação. Por ironia do destino, ela largou o curso antes da metade. Eu continuei e cheguei até aqui! Formado em Jornalismo! Ainda lembro minha mãe perguntando por que jornalismo, já que eu não era muito de falar! Infelizmente ela esteve comigo apenas no primeiro ano. Mas acho que ficaria feliz de ver o filho se formando de novo, contanto que não largue o emprego atual.

Por já ter passado por todo o ritual pela Geologia, estava relaxado em relação à colação de grau. Mas confesso que me emocionei e segurei o choro na hora da homenagem aos ausentes e aos pais, já que os meus se encaixavam nessa categoria. Paciência, a vida segue.

Mesmo antes de entregar a monografia, considero que a missão foi cumprida. Esse blog, escrito de maneira irregular e lido por quase ninguém, pode ser creditado ao curso. Gostaria de ter mais tempo para me dedicar à profissão, correr atrás das notícias e interagir com outros profissionais. Não é fácil com a vida que levo. Pelo menos, passei a encarar uma matéria de jornal ou uma reportagem da TV com outros olhos, de maneira muito mais crítica. Já valeu o curso.

Mas se a Globo me procurar, talvez até pense em trocar de carreira! Me chama que eu vou!

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