Começo esse post depois de muito tempo, desde o final da Copa da Africa do Sul. Gostaria de escrever bem antes, mas faltava tempo. Não gosto de escrever na correria. Gosto de parar e pensar no que vou falar. Os últmos posts, principalmente o último, foi escrito na correria, para não perder a idéia da Copa. Por isso achei que ficou meio confuso. Tudo isso é devido a motivos profissionais que vão me tomar boa parte do tempo nesse semestre. Além disso, esse será meu último período na faculdade de jornalismo e, mesmo cursando apenas uma disciplina, tenho que pensar e escrever minha monografia, cujo tema ainda ignoro.
Bom, falando sobre o que interessa, quem poderia imaginar, no começo do ano, que o Palmeiras chegaria na metade do ano comandado por Felipão? E que os ídolos Valdívia e Kléber voltariam a usar a camisa alviverde?
Nem o mais fanático palmeirense, redundância à parte, sonharia com isso. Depois da experiência frustada com Muricy e dos tampões Antonio Carlos Zago e Parraga, Felipão retorna ao Palestra tentando resgatar a autoestima de um time que se perdeu no final do ano passado e até agora não se reencontrou. Time e diretoria, diga-se de passagem.
Felipão já estreou, Kléber também e O Mago ainda está treinando. Mesmo assim, o time ocupa a sofrível 13º colocação, com 5 jogos sem vencer e 4 empates seguidos. Felipão ainda não ganhou e, a cada dia, vê a bomba que resolver pegar. Acho que reerguer o Palmeiras será um desafio ainda maior do que levar Portugal à final da Euro 2004 e às semis da Copa 2006. Mas se ele não for capaz disso, resgatar o espírito campeão no Alviverde, coisa que Luxembrugo e Muricy não conseguiram, ninguém conseguirá.
Os craques do ano passado, Diego Souza e Cleyton Xavier se foram, assim como vários “caroços” que nunca deveriam ter vindo. Outros ficaram, não tem jeito. O time ainda precisa de reforços, isso é claro. Não tem um camisa 9 titular. Os recém-chegados Tadeu e Luan não foram devidamente testados. A criação depende muito de Lincon, que se machuca muito. Com a chegada de Valdívia, as responsabilidades serão divididas, contando ainda com os jovens Rivaldo e Tinga, que, apesar de volantes, gostam de sair para o jogo. Atrás, Vitor pela direita precisa apoiar mais, como fazia no Goiás. Ainda está muito tímido, fruto talvez da falta de cobertura dos volantes. Na esquerda, Armero voltou sem nunca ter ido. A tendência seria Gabriel Silva, que não repetiu no profissional as atuações e a personalidade demonstrada na Copa SP. E a zaga, apesar da quantidade, parece que o único titular absoluto é Danilo. O segundo zagueiro ainda não foi achado. Talvez seja mesmo Maurício Ramos, ou Fabrício, que chegou do Flamengo, ou o tal do Leandro Amaro, que todo mundo diz que é ótimo, mas não joga.
Enfim, o time está tomando corpo, o elenco está sendo pensado para o campeonato como um todo e não como aconteceu em 2009, que foi jogado no lixo com a lesão de 3 peças. O time começa a jogar bem, embora as vitórias ainda não tenham vindo. Acredito que é só uma questão de tempo. O torcedor, esse eterno sofredor, deve ter paciência. Não dá para mudar do dia para a noite, infelizmente!