Semifinal


A Copa do Mundo de 2010 conhecerá no domingo um novo campeão. Novo em todos os sentidos. Espanha e Holanda decidirão quem será a oitava seleção campeã mundial, juntando-se à Brasil (5), Itália (4), Alemanha (3), Argentina (2), Uruguai (2), Inglaterra (1) e França (1). Para os que gostam de números, será a primeira vez, desde 1978, que uma final de Copa não será disputada por um campeão mundial. Na ocasião, a Argentina conquistou em casa seu primeiro título em cima dos holandeses.

Essa, aliás, foi a última decisão de Copa que a Holanda participou. Após 32 anos, os laranjas voltam a ser ter chance de chegar ao topo do mundo. Desde a década de 70, com o carrossel holandês, a Holanda sempre teve uma geração de craques a cada década, mas nunca conseguindo o sucesso máximo nos mundiais. Na década de 70 apresentou Cruyff, Neeskens, Resenbrink, entre outros. Os anos 80 foram da geração de Rijkaard, Gullit e Van Basten. E nos anos 90, apareceram os irmãos de Boer, Bergkamp e Kluivert. Além dos vice-campeonatos mundiais em 74 e 78, a Holanda conseguiu apenas a Eurocopa em 88.

Para essa Copa, venceram todos os 8 jogos das eliminatórias e todos os 6 jogos do Mundial. Se vencerem a Espanha, vão igualar a campanha do Brasil em 1970, que também venceu todos os seus jogos, desde as eliminatórias. Sem contar a seleção de Felipão, em 2002, que também venceu os 7 jogos da Copa.

O cérebro do time é Sneijder, um dos artilheiros do torneio. A bola sempre passa por ele nas jogadas da Holanda. O ataque ainda conta com Robben, Kuyt e Van Pierse. Mesmo não jogando um futebol vistoso, vem conseguindo os resultados que interessam. Eliminou o Brasil, de virada, após ser dominada no primeiro tempo e sofreu mais que o previsto na semifinal contra o Uruguai. Mesmo tendo um gol em impedimento validado, quando o jogo ainda estava 1 x 1.

A Espanha aparece como favorita depois da ótima vitória contra a Alemanha, por apenas 1 x 0. O resultado não reflete o domínio espanhol sobre os alemães. A equipe do artilheiro Klose só conseguiu atacar depois de tomar o gol, aos 27 do segundo tempo. E ficou exposta aos contra-ataques espanhóis, que não encaixaram. Depois de golear Inglaterra e Argentina, esperava-se mais dos alemães e nem tanto dos espanhóis, que venceram Portugal e Paraguai no sufoco, sempre por 1 x 0.

A Espanha marcou a Alemanha no campo de ataque, não deixando a bola chegar redonda nos principais jogadores alemães, Schweinsteiger e Ozil. A ausência de Müller, suspenso, também prejudicou a equipe do técnico Joachin Low.  A dupla Xavi e Iniesta, do Barcelona, comandou a esquadra espanhola para a inédita vaga na final. David Villa e Pedro infernizaram a zaga alemã mas mostram a principal dificuldade do time, colocar a bola na rede. Coube ao zagueiro Puyol fazer o gol da vitória, após cobrança de escanteio. Os espanhóis venceram os últimos 3 jogos pelo placar de 1 x 0. Marcaram apenas 7 gols, sendo 5 do artilheiro Villa. Por outro lado, é a equipe que mais chuta a gol no Mundial e a que tem mais posse de bola nos jogos.

Se jogar da mesma maneira contra a Holanda, acredito que dá Espanha. Mas os craques holandeses Sneijder e Robben podem decidir o jogo numa bola. Vai ser uma final com os dois times jogando no ataque e com muito toque de bola, lembrando o Brasil de outros tempos. E bota tempo nisso.

Para terminar, acho que as próximas mesas redondas deveriam substituir seus pseudo comentaristas pelo polvo alemão, que acertou todos os resultados até aqui. O animal não fica enrolando, apesar dos seus 8 braços. Tem muito comentarista da TV que vai perder o emprego!

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