Primeira rodada


Flávio Florido/UOL

A primeira rodada desta Copa do Mundo foi medíocre em relação aos gols. Apenas 25 gols em 16 jogos, média de 1.56. Além disso, apenas quatro seleções fizeram mais de um gol nessa rodada: Alemanha, Brasil, Coréia do Sul e Holanda. As defesas prevaleceram sobre os ataques ou o medo de perder tirou a vontade de ganhar?

As justificativas para o péssimo futebol apresentado variam muito. A tensão da estréia atrapalha, a bola é ruim, as vuvuzelas tiram a concentração dos jogadores. Mas a verdade é que no dito futebol moderno, as seleções demoram muito para ganhar entrosamento. Os jogadores estão espalhados por diversos países, seja na Europa, Ásia ou América do Sul, principalmente. Não por acaso, a seleção que apresentou o melhor futebol até agora, a Alemanha, tem todo o time titular jogando no próprio país!

Por falar na Alemanha, realmente foi a melhor equipe da primeira rodada, conseguindo a única goleada da Copa (até o jogo Argentina 4 x 1 Coréia do Sul). A Alemanha sempre começa bem em Copas. Em 2002 aplicou 8 x 0 na Arábia Saudita.  Na Copa seguinte, ganhou por 4 x 2 da Costa Rica. E nem assim conquistou o tão sonhado título.

O fato é que a Copa é um torneio curto. Não basta jogar bonito 1 ou 2 jogos e se complicar mais para frente. Claro que a Alemanha, se mantiver o bom futebol, pinta como favorita à Copa, mas não se pode descartar Argentina, Itália e, principalmente, o Brasil. Apesar do péssimo futebol da estréia contra a Coréia do Norte (2 x 1), o time do Dunga continua como favorito ao título, tanto pela tradição quanto pelos valores individuais do time.

O Brasil tem pela primeira vez em muitos anos, uma defesa confiável. Apenas a lateral esquerda pode ser contestada, embora Michel Bastos não tenha comprometido na estréia. A dupla de volantes faz apenas o básico, se limitando a fazer o desarme. A armação é deixada para Elano, utilizado também na marcação e Kaká. Este é o ponto chave da seleção. Como Kaká não vem bem, seja pela falta de ritmo de jogo, seja por dores no púbis, cabe ao treinador arrumar uma maneira do Brasil depender menos do jogador do Real Madrid. Contra a Coréia Dunga ousou, recuando Robinho e colocando Nilmar no lugar do Kaká. Pena que Luis Fabiano venha mal, muito ansioso pela falta de gols na seleção. Mas essa ansiedade deve acabar logo que voltar a marcar.

Essa não é a seleção dos sonhos, é a seleção do Dunga. Todo treinador teve suas convocações contestadas e com Dunga não foi diferente. Cabe a ele mostrar que o grupo convocado tem capacidade para levar a taça. Mesmo porque não há muitas seleções melhores que a brasileira. Como disse, a Copa é um torneio curto, e sempre ocorre alguma surpresa pelo caminho. A seleção que errar menos, que for mais regular, tem mais chance de chegar lá!

Que seja o Brasil, rumo ao Hexa!

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