Se por um lado me senti infeliz nesse semestre que passou, conforme já relatado, por outro sinto que fiz algumas grandes amizades, principalmente na nova faculdade que resolvi fazer.
A questão frenqüente que me fazem (e que eu também me faço) é se trocaria o emprego estável que tenho hoje para trabalhar com jornalismo. A resposta é que nem eu sei! Pelo lado financeiro, é óbvio que não. A estabilidade e a segurança pesam muito. Mas se estivesse tudo maravilhoso, acho que nunca começaria um novo curso. Tenho a opção, cada vez mais presente, de tentar um doutorado na minha área. Mas seria uma coisa imposta, não minha vontade. Quando emendei o doutorado logo após o mestrado, na USP, fui mais pela inércia.
Digo que esse curso de jornalismo foi o primeiro curso que eu realmente tive vontade de fazer. Os demais, desde a Escola Técnica em Eletrônica, foi por puro comodismo. Como todos vão fazer, vou no embalo. O jornalismo não. Desde a época do mestrado tinha essa vontade. Se fizesse uma nova graduação, faria jornalismo, por causa do jornalismo esportivo.
Quando entrei na FACHA, a idéia era fazer algumas disciplinas por semestre, tranquilamente, sem correria. Assitiria às aulas e iria embora.
No começo, estava adorando. Apesar de matérias que eu abominava, por puro preconceito. Sociologia, Filosofia, Antropologia, para mim era tudo baboseira, e, o que era pior, eram disciplinas que eu teria que falar, discutir, analisar em grupo. Se tem uma coisa que me trava é falar em público.
Para meu espanto, as aulas foram tranquilas, envolventes, animadoras mesmo. Ouvindo o James se empolgar com a História da Filosofia, o Gilson brincar com Durkein e Conte, e mesmo a Valderez, brigando com tudo e com todos, ainda assim eu via um certo sentido no que eles falavam.
Comecei a conhecer o pessoal num trabalho do James. Quando me vi, estava discutindo Freud com a turma, por causa da doida da Cassia Chaffin. Foi nessa época e por causa dessa disciplina que começou o Clube de Harvard.