O Palmeiras tenta passar para as quartas de final da Libertadores, nesta terça-feira (12/05). Para isso, joga em Recife contra o Sport, com a vantagem do empate, já que ganhou em São Paulo por 1 x 0. Se fizer um gol fora de casa, pode até tomar dois que, mesmo assim, se classifica.
Se depender do retrospecto do Verdão nessa Libertadores, a vantagem é considerável. Mesmo com um início ruim, perdendo os dois primeiros jogos, o Palmeiras fez gols em todas as suas 9 partidas no torneio (2 jogos contra o Real Potosí, na primeira fase; 6 jogos na segunda fase; e 1 jogo nas oitavas de final). São 17 gols marcados e 8 sofridos, sendo que destes, 6 aconteceram nos dois primeiros jogos da fase de grupos, exatamente nas únicas duas derrotas do time no torneio.
Em uma pesquisa rápida na tabela dos jogos da Libertadores, acho que só a equipe do São Paulo marcou em todas as partidas do torneio. Mesmo o Grêmio, que fez a melhor campanha na fase de grupos, possui um 0 x 0 na tabela (logo na estréia, em casa, contra o Universidade do Chile.
Voltando ao Palmeiras, após as duas derrotas seguidas, o time sofreu apenas 1 gol em 5 jogos, coincidentemente para o adversário de terça, o Sport. Melhora considerável da defesa, tão criticada anteriormente.
O Sport, por outro lado, terminou em primeiro no chamado “Grupo da Morte”. Só que os únicos pontos que perdeu na competição foram justamente para o Palmeiras. Pela fase de grupos, uma derrota em Recife (0 x 2) e um empate em São Paulo (1 x 1). E na primeira partida das oitavas, obteve nova derrota (0 x 1).
Como se vê, pelo retrospecto no torneio, o Palmeiras leva vantagem. Mas é uma vantagem que acaba quando o árbitro apitar o ínico da partida. Números são manipuláveis e a imprensa sabe disso. Não se vê em nenhuma mídia uma notícia dessas, que favoreceria o Palmeiras. Ninguém fala que o time só tomou um gol nos últimos 5 jogos, que fez gols em todas as partidas do torneio, mesmo quando perdeu. Ninguém fala que o Sport só perdeu pontos para o time do Luxemburgo. No jogo da última semana, só se falava no fato do Palmeiras não vencer o Sport em São Paulo desde 2003. Sendo que foram realizados apenas 2 ou 3 jogos nesse período.
A análise dos número, feita acima, não requer muita inteligência. Os números estão lá, na tabela do torneio, para quem quiser analisar. Mas parece que não vale a pena ser feita quando a vantagem é toda para o Palmeiras.
Ao invés disso, querem acirrar a rivalidade entre as duas equipes, ouvindo os dirigentes, que não entram em campo, como o diretor Guilherme Beltrão ou o presidente Beluzzo. Beltrão, na verdade, consegue ter maior visibilidade na mídia que o treinador rubro-negro, Nelsinho Baptista. É só analisar quantas declarações o dirigente do time pernambucano deu desde o início do torneio, quando ficou definido que as equipes brasileiras ficariam no mesmo grupo. Cabe aos jogadores e comissões técnicas de ambas as equipes não entrar na pilha dos cartolas e tratar de jogar futebol. O mais competente, e não o que gritar mais alto, passará. Pelo menos, deveria ser assim.